Requiem For a Dream Música

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O Homem Que Viveu 256 Anos


Li-Ching Yuen foi um mestre taoísta chinês, herbalista e praticante de Chi Kung e de outras disciplinas  de meditação e artes marciais. Foi conselheiro tático e militar e instrutor de artes marciais, se aposentou e passou muito tempo nas montanhas do Tibet, onde seguiu coletando ervas medicinais que segundo dizia lhe ajudavam a se manter jovem e saudável.
Segundo os obituários da Time Magazine e do New York Times, Li Ching-Yuen teve 23 esposas, 180 descendentes e morreu com a incrível idade de 256 anos.

Seria isso mesmo possível, ou tudo não passou de um erro de cálculo?

Bem... É o que tentaremos descobrir.

Os segredos para uma vida longa

"Manter o coração calmo, ter a calma de uma tartaruga, andar alegre como um pombo e dormir como um cão." Estas foram as palavras de um conselho de Li-Ching à Wu Pei-fu.
Li afirmou que a calma interior e paz de espírito foram os segredos para a longevidade incrível. Sua dieta afinal, era baseada principalmente em arroz e vinho.

De 0 a 256

Até hoje não se sabe muito sobre a vida de Li Ching-Yuen. Sabemos que ele nasceu na província de Sichuan na China, onde também morreu. Sabemos também que, pelo seu décimo aniversário, Ching-Yuen era alfabetizado e tinha viajado para Kansu, Shanxi, no Tibet, Annam, Siam e Manchúria. Depois disso, tudo fica um pouco confuso.

Aparentemente, já com mais de cem anos, Li vendia suas próprias ervas e plantas aromáticas, que eram recolhidas por outras pessoas. Sabia-se também que ele tinha seis polegadas de unhas em sua mão direita.

Por sua própria admissão, ele nasceu em 1736 e viveu 197 anos. No entanto, em 1930, um professor e reitor da Universidade de Minkuo chamado de Wu Chung-chien, encontrou registros que "provam" que Li nasceu em 1677. Documentos revelaram que o Governo Imperial Chinês felicitou-o pela seus aniversários 150 e 200.

Então a questão é: Ele se esqueceu do seu próprio aniversário?

Também há contando a favor de Li um livro chamado "Ancient Secrets of Youth" de Peter Kelder que registra a história de Li Ching Yuen contada por um de seus discípulos, o Mestre de Tai Chi Chuan, Da Liu. Ele conta que com 130 anos o Mestre Li encontrou nas montanhas um eremita de idade ainda maior que lhe ensinou o Pa-Kua e um conjunto de práticas de Chi Kung, que incluíam treinamentos de respiração, movimentos coordenados com sons, e recomendações sobre a alimentação e o uso de ervas medicinais. Segundo Da Liu, seu mestre dizia que sua longevidade "é devida ao fato que realizei estes exercícios a cada dia, regularmente, corretamente, e com sinceridade por 120 anos."

Olhando para tudo isso a partir de uma perspectiva médica e documentado: Jeanne Louise Calment, uma mulher francesa que morreu em 1997 até agora detém o título de a pessoa que viveu por mais tempo: 122 anos, que é um período de tempo fenomenal.

Isso significa que, se os registros descoberto por Wu Chung-chien foram precisos, a idade de Li Ching-Yuen seria superior ao recorde oficial em de 130 anos?

Infelizmente, nunca saberemos. A não ser que se aceitem os documentos do governo Chinês como irrefutáveis provas da longevidade de Li, coisa que não foi aceita até hoje pelo mundo ocidental. Mas você pode tirar suas próprias conclusões.

Alma X Espírito

Se você não consegue ver diferença entre uma coisa e outra, fique tranquilo: pouca gente se entende nesse assunto.

Na concepção de várias religiões, o além é habilitado por almas ou espíritos. Mas que diabos - com perdão do trocadilho - são essas entidades? As respostas são variadas e, muitas vezes, conflitantes. Os penteístas, por exemplo, acreditam que existe uma única alma no universo, espalhando centelhas entre todos os seres inteligentes. Para cristãos, judeus e muçulmanos, no entanto, almas ou espíritos existem aos "zilhões" e são mais ou menos a mesma coisa - uma espécie de sopro vital, parte da essência do Criador. De todas as crenças, a que descreve alma e espírito de maneira mais acurada talvez seja o espiritismo, considerado por seus seguidores uma mescla de religião, filosofia e ciência.

A Teoria Espírita

Corpo
 

Não passa de um invólucro material sem maior importância, que se presta unicamente a colocar o espírito tem contato com o mundo exterior. A morte, portanto, significa apenas a destruição desse invólucro. O espírito o abandona quando se morre como uma cobra troca de pele ou como uma pessoa muda de roupa.

Alma

É o espírito encarnado - ou seja, encapsulado pelo corpo físico durante a vida terrena. Segundo o espiritismo, Deus criou todas as almas iguais, desprovidas de senso moral e bagagem intelectual. Elas nascem ignorantes e evoluem à medida que vão reencarnando sucessivamente ao longo do tempo.

Espírito

É a alma desencarnada (liberada do corpo depois da morte). Trata-se, na visão dos espíritos, de um ser imaterial dotado de todas as percepções que possuía durante a vida, só que um grau mais elevado. São capazes, por exemplo, de ver e ouvir coisas que nossos sentidos não captam.

Perispírito

É uma capa fluídica que envolve o espírito. "Ele pode adquirir várias formas, de acordo com o pensamento e o nível vibracional do espírito que o veicula", diz o mineiro Luis Sérgio Marotta, pesquisador do espiritismo. "Isso se deve ao fato de o perispírito ser um elemento altamente plástico e muito sensível".

Duplo Etéreo

É um fluído semi-material que funciona como uma "cola" unindo o corpo ao perispírito. Fica, portanto, numa posição intermediária entre os planos físico e espiritual. Sua materialização é chamada de ectoplasma - descrito como uma "nuvem branca" em fenômenos ditos sobrenaturais.

Curiosidades

Vida Eterna

O símbolo Ankh, um dos mais conhecidos do Egito Antigo, tem tudo a ver com a ideia de vida além-túmulo e imortalidade da alma. Um de seus significados era justamente "vida eterna". Segundo o egiptólogo Júlio Gralha, professor da Universidade Federa Fluminense (UFF), os textos gravados nas tumbas egípcias indicam que havia uma liturgia de preparação do morto para uma viagem ao outro mundo. "Lá, as almas viveriam numa espécie de paraíso, desde que fossem limpas de todos os atos negativos cometidos em vida." Ao lado das múmias era colocado o Livro dos Mortos, uma compilaçãode rezas e fórmulas mágicas para guiar o falecido em sua jornada.

21 Gramas
 
Sabe aquelas balanças antigas, de dois pratos? Em 1907, o médico americano Duncan MacDougall  usou uma daquelas - bem grandona - numa tentativa de provar a existência da alma. O objetivo era demonstrar que ela tem peso. MacDougall pesava pacientes em estado terminal imediatamente antes e depois da morte. Ao cabo de seus aferições, constatou uma diferença média de 21 gramas entre os corpos vivos e mortos. Seria esse, portanto, o peso aproximado da ama humana. A conclusão, no entanto, jamais foi endossada pela comunidade científica. Serviu, pelo menos, para inspirar o título de um bom filme dirigido pelo mexicano Alejandro González Iñárritu, em 2003, e estrelado por Sean Penn. Os espíritas acreditam, sim, que o perispírito e o duplo etéreo realmente têm algum peso Mas afirmam que os tais 21 gramas de MacDougall não passam de especulação.

Fonte: Revista "Mundo Estranho"