Requiem For a Dream Música

terça-feira, 25 de junho de 2013

A Invenção de Deus




Mais da metade dos seres humanos acredita em um deus único, o Deus com maiúscula dos cristãos, judeus e islâmicos. Mas ele tem uma origem em uma história.

Assim começa o Shemá, a reza mais importante do judaísmo. Ao repeti-la duas vezes ao dia, os judeus professam sua fé exclusiva em Yahweh, deus único, onipotente, onisciente. Esse é o Deus mais popular do mundo: entre cristão, judeus e islâmicos, 3,6 bilhões de pessoas professam uma das versões do culto de Yahweh, mais da metade de todos os seres humanos. Qual a origem desse Deus com maiúscula, que dominou meio mundo? E de onde surgiu essa ideia que há apenas um Deus, ao contrário do que todos os povos acreditaram durante a história?

Segundo a Bíblia (e também o Alcorão), é simples: Deus existe, e só ele. Yahweh reinou desde sempre, tendo contato direto com os primeiros homens, de Adão até Noé, quando o dilúvio matou toda a humanidade menos a sua família. Depois de Noé, seus filhos se dividiram para povoar o mundo e os povos começaram a cultuar outros deuses, erroneamente. Há cerca de 4 mil anos, Deus se revelou a Abrão, um sumério da cidade de Ur (no atual Iraque) que mudou o nome para Abraão. Após milênios de desventuras, incluindo um longo período de escravidão no Egito, que terminou com as sete pragas de Moisés contra os egípcios, os descendentes de Abraão conquistaram um pedaço de Canaã e fizeram dele sua pátria. Desde Abraão até hoje, os hebreus seguem os mesmo Deus.

Fenícios e Hebreus

Canaã era uma região que correspondia às terras de Israel, Palestina, Líbano, Jordânia e Síria. Os cananeus se dividiam em pequenos reinos, como Moab, Amon e Edom, e cidades-estado,  como Tiro, Sidon e Biblos – os habitantes destas últimas ganharam dos gregos os apelido de “fenícios” e fundaram um império comercial. Cananeus falavam línguas semíticas muito próximas. Dividiam o alfabeto, mesmas roupas e mesmos utensílios, viviam os hebreus, no Reino de Israel – que, no entanto, não se consideravam cananeus. Ou ao menos não se consideravam na época em que a Tanakh (o Velho Testamento) foi escrita, entre o século 6 e 5 a.C., explicando como sua origem era estrangeira.

Essa migração não foi confirmada pela arqueologia. Não há evidências de uma grande colonização estrangeira na região. Não há menção egípcia ao cativeiro dos hebreus. As campanhas militares do final da Era do Bronze tinham outros protagonistas: Os egípcios, que tratavam a região como seu quintal, e os povos do mar, que a invadiram pelo norte. Em 1400 a.C., quando Josué teria conquistado Jericó, a cidade estavam deserta havia 150 anos.

Em outras palavras, os hebreus não eram inimigos dos cananeus. Eles eram cananeus. “O crescente consenso entre os arqueólogos é que, no inicio a maioria dos israelitas era cananeu”, diz Robert Gnuse, professor de Velho Testamento da Universidade de Loyola, EUA. “Aos poucos, as pessoas que desenvolveram uma identidade israelita tenderam a viver no alto das colinas de Canaã. As que mantiveram a identidade canaanita habitavam as planícies.”

Deus e Sua Esposa

A Bíblia narra a história dos hebreus como a imposição de um deus estrangeiro a pagão canaanitas. “Graças ao relato bíblico, o monoteísmo da antiga Israel tem sido considerado uma revolução contra o pensamento religioso de seus vizinhos”, diz Mark S. Smith, professor de estudos bíblicos da Universidade de Nova York, no livro The Origins Of Biblical Monotheism (As Origens do Monoteísmo Bíblico). “Porém, estudos mais recentes têm buscado situar a história bíblica do monoteísmo em seu contexto cultural mais amplo”, isto é, o contexto do politeísmo canaanita.

Textos e artefatos encontrados em Ugarit (atual Ras Shamra, na Síria) datados dos séculos 15 à 12 a.C., indicam que os hebreus cultuavam o panteão de deuses cananeus. “As quatro camadas da sociedade humana – rei, nobres, camponeses e escravos – eram espelhadas em quatro camadas de divindade”, diz o historiador canadense K. L. Noll no artigo Canaanit Religion (Religião Canaanita). O topo do panteão era ocupado por um deus-chefe, El, e por sua esposa, Asherah. Abaixo vinham os deus cósmicos, como Baal e Anath, que controlavam a tempestade, a fertilidade e outros aspectos naturais. Na terceira camada vinham os deuses que auxiliavam na vida diária das pessoas, como Kothar-wa-Khasis, o deus da habilidade. Por fim os mensageiros, que não eram mencionados por nome.

Essa hierarquia de deuses é chamada henoteísmo (ou monolatria). “Há uma distancia muito curta entre essa noção henoteísta e a ideia monoteísta, ou seja, a de que um deus é realmente Deus e quaisquer outros seres sobrenaturais são criaturas insignificantes sob seu comando”, diz Noll. “A religião da Bíblia deu esse passo.” Entre os hebreus, os deus das suas camadas intermediárias foram eliminados, restando apenas o deus-chefe e os mensageiros. A palavra “anjo” vem do grego Angelos, tradução para hebraico Malak, que significa mensageiro.

El, o deus-chefe cananeu, é um dos nomes de Deus na Bíblia, geralmente acompanhado de um adjetivo, como El shaddai, “deus todo-poderoso” ou Elohim “deus dos deuses”. O nome Yahweh, por sua vez, não aparece em textos de outros cananeus. A primeira menção de Yahweh é em inscrições egípcias do século 14 a.C., que se referem aos “Nômades de Yahweh” e o associam com pessoas que viviam em Edom – não nas terras dos hebreus, mas um pouco mais ao Sul.

O Velho Testamento parece sugerir uma origem politeísta, principalmente em seus livros mais antigos. Existe várias passagens como “Senhor, quem é como Tu entre os deuses?” (Êxodo 15:11). Ou “Terrível é Deus na assembleia dos santos, maior e mais tremendo que todos os que o cercam” (Salmos 89:7), que parece falar em algum tipo de panteão.

Quando o culto a Yahweh se expandiu ao Norte, a religião dos hebreus começou a mudar. “Primeiro, houve uma fusão de várias divindades da figura de Yahweh, entre elas El,  Asherah e Baal”, diz Mark Smith. Basta ler os poemas bíblicos mais antigos para perceber essa fusão de deuses. Na Bíblia, Yahweh assume os atributos de Baal como senhor da tempestade (“A voz do Senhor despede relâmpagos”, Salmos 29:7). Achados arqueológicos mostram sua fusão com El, ao assumir a esposa dele: em um templo hebreu do século 9 a.C., está escrito: “Yahweh de Samaria e sua Asherah”. Em uma tumba do século 8 a.C. do reino de Judá, alguém deixou registrado: “Yahweh e sua Asherah”. Pois é, os antigos hebreus achavam que Deus era casado.

Cultos Exclusivo


Ao longo dos séculos, sacerdotes, profetas e monarcas reforçaram o culto exclusivista a Yahweh. Por volta de 700 a.C., definitivamente havia uma religião separada daquela  praticada pelos vizinhos, com um grande foco nesse deus. Mas não era universal. “Se você entrasse em uma maquina do tempo e voltasse a Palestina daquela época, veria que a maioria das pessoas era politeísta. Outras eram henoteístas. Mas elas não se definiam assim. Não se preocupavam com isso”, diz Gnuse.

No entanto, um acontecimento mudaria essa história para sempre. Em 586 a.C., as muralhas de Jerusalém vieram abaixo. O rei babilônio Nabucodonosor invadiu a cidade, queimou o mítico templo dedicado a Yahweh  e mandou boa parte dos judeus para o exilio na Babilônia. “O exilio durou apenas meio século, mas teve uma força criadora impressionante”, diz o historiador britânico Paul Johnson no livro Historia dos Judeus. “Assim como os períodos de Abraão e Moisés haviam produzido a religião de Yahweh, os anos durante e pós-exilio desenvolveram e refinaram o judaísmo.”

Durante o exilio, rabinos e escribas compilaram e editaram as tradições orais e os pergaminhos traduzidos do templo destruído, agregando textos novos para reverenciar Yahweh e condenar o culto a outros deuses, dando origem ao Tanakh, o livro sagrado do judaísmo, o que deu forma definitiva a religião. Em 539, o rei persa Ciro derrotou os babilônios e permitiu a volta dos judeus a Canaã, o que foi visto como uma intervenção direta de Yahweh. Nos anos que se seguiram, os editores deram os últimos retoques no seu novo projeto de fé. O primeiros dos Dez Mandamentos afirma: “Não terás outros deuses diante de mim” (Êxodo 20:3). O que era a preferencia por um deus transformou-se em uma lei vinda do céu, escrita na pedra e punível com a morte.

Fonte: Revista Aventuras na História.

O Que Poderia Ser o Jardim do Éden?


Essa questão tem sido debatida através dos séculos, tanto por estudiosos Judeus quanto por estudiosos Cristãos.
E por que levantou-se tal questão? Por causa da Árvore da Vida! Ora, poderia a árvore da vida morrer?

Para enfrentar tamanho desafio, exporei alguns dos textos que falam sobre o assunto...

Na verdade, alguns especulam o que teria realmente sido "O Jardim do Éden" e o que seria a famosa "Árvore da Vida". Os mais afoitos em suas teorias chegam a dizer que, na realidade, o Paraíso seria algum tipo de lugar não terrestre, algum tipo de nave onde, no seu interior, jazeria a árvore da vida, responsável por conceder a todos os que dela comessem a vida eterna.

A Árvore da Vida poderia morrer? Realmente, parece ser uma "contradictio in terminis", um verdadeiro paradoxo. Por ocasião do Dilúvio, forçoso é concluirmos que o dito "Jardim do Éden", literalmente decolou para os céus, abandonando o orbe terrestre.

Interessante notar que o Apóstolo João, o Evangelista, escritor do famoso Livro da Revelação de Jesus Cristo, o Apocalipse, afirma avistar "os céus abertos" e no meio de alguma espécie de jardim: A Árvore da Vida, que se encontrava no meio da praça da Grande "Cidade Celestial", produzindo 12 frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as suas folhas serviam para a saúde das nações.
A árvore da vida era, aparentemente, fonte de vida eterna para todos aqueles que dela comessem.

"E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o Tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus."
(Apocalipse 21: 2 e 3)





"E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais."
(Apocalipse 21: 16)

"No meio da sua praça e de uma e da outra banda do rio, estava a Árvore da Vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações."
(Apocalipse 22:2)

Desnecessário dizer que tais textos causa um "frenezi" nas sociedades ufológicas do mundo inteiro!

Uma Cidade Celestial que descerá dos céus à Terra!

A fórmula da vida eterna, nos frutos de uma "árvore" e a saúde das nações, na ponta de seus "ramos".

O que seria a "Nova Jerusalém"?

Isso, levou muitos estudiosos da Bíblia a chegarem a uma "bizarra conclusão":


A Nova Jerusalém e o Jardim do Éden são o mesmo lugar!
Seria isso verdadeiro?

Na verdade, ao descrever a Nova Jerusalém, que descerá do céu um dia para aterissar na Terra, mais especificamente, em Jerusalém, devemos atentar para a descrição detalhada que o Apóstolo João, em suas visões, teve daquela cidade. Ele afirma avistar um jardim, no seu interior, e no meio dele: a Árvore da Vida. Ora, como a árvore da vida foi parar no interior da Nova Jerusalém? A resposta seria: nunca saiu dela.



Para desvendar tal mistério, alguns estudiosos foram buscar no Livro de Ezequiel, capítulos 1 à 11, a estranha visão que aquele profeta israelita teve do que ele denomina serem quatro seres viventes. Os quatro seres viventes, surpreendentemente, são avistados no interior da Nova Jerusalém ( Vd. Ap. 4: 6-8 ). O que são os quatro seres viventes? E o que é a Nova Jerusalém, que descerá do céu?

Ufólogos do mundo inteiro dizem que são ETs.


Os Querubins seriam, na verdade, naves extraterrestres e a Nova Jerusalém seria alguma espécie de Nave Mãe. Eles seriam os verdadeiros responsáveis pela criação da vida na Terra e de toda a história da humanidade.

 
A análise dos textos de Ezequiel, Gênesis, Êxodo, Isaías, Apocalipse e Daniel, em conjunto, seria necessária para desvendar esse embróglio.
Obviamente, tudo isso não passa de especulação e não é novo na sociedade teológica.