Na mesma época em que Hitler teve seu primeiro contato com a Suástica, na abadia de Lambach, local onde estudava, a mesma recebeu a
visita de um padre, Adolf Joseph Lanz, cujo físico correspondia exatamente ao
protótipo da raça ariana. O padre Lanz se trancou várias vezes na biblioteca do
monastério onde estudou mais de 30 anos de pesquisas feitas pelo abade Hagen.
Segundo Lanz, que posteriormente veio a
fundar a Ordem do Novo Templo e editar o Jornal Ostara em Viena, os únicos
seres realmente humanos são os arianos louros de olhos azuis, o resto não passa
de “macacos”, os símios de Sodoma, evocados na Bíblia, os demônios saídos de
Gog e Magog, raças de cabelos escuros opostas aos arianos.
Lanz afirma também que os arianos são a
obra prima de Deus, dotados de poderes paranormais emanados por “centros de
energia - chakras” e “órgão elétricos kundalini”, que lhes conferem supremacia
sobre qualquer outra criatura.
A raça
ariana era tida como a mais perfeita pelos Nazistas.
O
Fürer era um vegetariano convicto, não bebia, nem fumava, e esta atitude sua
foi influenciada pela doutrina cátara de pureza, a exemplo da vida de Átila, o
huno. Durante sua fase de pintor em Viena, Hitler se dedicava ao estudo do
ocultismo e da magia e foi um assíduo leitor do Jornal Ostara publicado por
Lanz.
É
importante informar quanto ao caráter vegetariano de Hitler, há controvérsias, ”Hitler
não era vegetariano’’. Seu doutor às vezes prescrevia a dieta vegetariana para
melhorar sua saúde. Goebbles, o Ministro da Propaganda, tomou esse fato e
distorceu-o para criar nas pessoas a idéia de que o Furer era um homem santo
como o contemporâneo vegetariano Mahatma Gandhi.
Hitler
trapaceava quanto às ordens de seus médicos e fingia ser um vegetariano,
comendo macarrão recheado com carne picante e coberto com molho de
tomate."Em 1912 era fundada a Sociedade de Thule à qual Hitler veio ter
conhecimento, mas que nunca fez parte, adquirindo porém conhecimentos desta
ordem a partir de seu secretário e lugar tenente Rudolf Hess.
Criada pelo barão
Rudolf von Sebottendorf, que em viagem à Turquia entrou em contato com
iniciados drusos que afirmavam receber seus ensinamentos espirituais do “Senhor
do Mundo” o senhor de Thule ou Shambala - o governo oculto do mundo, reino dos
hiperbóreos.
Daí
o nome Thule. Para Von Sebottendorf, a raça dos hiperbóreos (ariana) possuía um
poder oculto: “quem o controlá-lo poderia dominar o mundo” - este poder seria o
vril.Hitler também teve contado com a ordem do Vril, ligada à Thule. Esta ordem
é um grupo esotérico que continua vivo ainda hoje na Índia, seu país de origem,
onde conta com mais de dois milhões de adeptos.A palavra vril significa uma
reserva formidável de energia presente no homem e da qual ele utiliza apenas
uma ínfima parte.
Dentro dos conhecimentos iogues, vril e kundalini siginifcam
a mesma coisa: o fogo serpentino - o 3º Logo. Os adoradores do vril veneram o
Sol levantando suas mãos em sua direção numa saudação semelhante à feita pelos
nazistas e pelos antigos egípcios no culto a Rá, o Deus Sol. Os templos deste
culto estão decorados com grande variedade de cruzes gamadas, aliás, na Índia a
cruz gamada é tida como um símbolo de poder, porém ela é escrita em sentido
horário, onde representa a evolução e nos quadrados mágicos da numerologia
judaica tem o valor 360 representando o fogo - a espiritualidade e o Logos.
Os
nazistas inverteram a posição da suástica, que veio representar o elemento
terra - Malchut na Cabala, tendo assim o valor 666 - o número da Besta.Mas em
meio a tudo isto existia algo mais: haviam seitas tibetanas e sua magia. A
Thule e seus seguidores foram profundamente influenciados pela magia negra
tibetana e tiveram mesmo contato com os bompos tibetanos de barrete negro na
Alemanha. Estes teriam sido invocados para agir politicamente na Europa através
de sua magia tântrica.Mais uma coisa interessante sobre a personalidade de
Hitler, era que ele tinha a astrologia e a geomancia em alta conta, e as
consultava antes de seus ataques. Aliás, todos os ataques foram feitos seguindo
as linhas de força geomânticas e telúricas da Europa.
A
consulta ao pêndulo e à rabdomancia para saber a posição dos barcos aliados era
algo costumeiro, feito muitas vezes por Himmler, uma brilhante mente do nazismo
de Hitler. Acredita-se que Hitler tivesse algum tipo de pacto demoníaco, onde
oferecia os judeus queimados nos fornos para adquirir mais poder para rodar a
suástica invertida sobre toda a Europa e assim conquistar o mundo. E o teria
feito se não tivesse vacilado em seu último combate.Hitler veio falecer em
abril de 1945, e sua morte ainda é uma incógnita, não se sabe se ele fugiu,
suicidou-se ou se foi assassinado.
A
morte de Hitler é cercada de profundo mistério, mas recente exposição
organizada em Moscou, as autoridades russas expuseram uma parte superior do que
se supõe ser o crânio de Adolf Hitler, ditador da Alemanha entre 1933 e 1945,
que se suicidou no dia 30 de abril de 1945. Leia sobre os últimos dias que
antecederam a sua morte."Se não chegarmos a triunfar não nos restaria
senão, ao soçobrarmos, arrastar conosco metade do mundo neste desastre". -
Hitler a H.Rauschning, "Gesprache".
O
ambiente no bunker era tenso, sufocante. Faziam mais de cem dias, entre
entradas e saídas, que um pequeno grupo de funcionários, oficiais e oligarcas
nazistas, estavam lá entocados como lobos acuados ao redor de Adolf Hitler.
Construída nos jardins da Chancelaria do Reich, em Berlim, a casamata tinha a
função de protegê-los dos ataques aéreos aliados que devastavam a capital da
Alemanha. Acentuando ainda mais a situação troglodita e claustofóbica em que
viviam, chegou-lhes a notícia que o Exército Vermelho estava às portas.
No
dia 18 de abril de 1945, um colossal vagalhão blindado de tanques, canhões e
aviões, esparramou dois milhões e meios de soldados russos para as cercanias da
cidade. Mais de um milhão deles combateram uma espetacular batalha de ruas,
contra as derradeiras forças da resistência alemã. Ao preço de 300 mil baixas,
os soviéticos penetraram-na por todos os lados.
A última aparição de Hitler
Hitler
ainda recebeu alguns convidados mais próximos para seu aniversário em 20 de
abril. Há uma foto dele na ocasião. Com a gola do capote levantada, ele
cumprimenta, do lado de fora da Chancelaria do Reich destruída, alguns jovens
garotos da juventude nazista que haviam se destacado na defesa desesperada da
cidade. O Führer estava uma ruína humana.
Os
últimos acontecimentos haviam-lhe retirado a seiva. Sua tez acinzentou-se, o
rosto encovou-se e os olhos adquiriram uma opacidade de semimorto. Para
consolá-lo e sacudi-lo da letargia depressiva em que se encontrava, Joseph
Gobbels, seu Ministro da Propaganda, lia-lhe diariamente trechos da
"História de Frederico o Grande", de Carlyle, especialmente a
passagem onde é narrada a milagrosa salvação daquele capitão-de-guerra
prussiano na Guerra dos Sete Anos (1756-63), que escapou do destino dos
derrotados devido a um desacerto ocorrido entre seus inimigos.
A determinação de ficar ali e travar a batalha final foi tomada numa reunião no dia 22. Inspirando-se na tradição nórdica do herói que morre solitariamente num último combate, ou no sepultamento do guerreiro viquingue incinerado no seu barco de comando, Hitler comunicou a todos a intenção de comandar pessoalmente as operações. Recebeu, porém, telefonemas de alguns seguidores e de outros generais que instaram para que se retirasse enquanto havia tempo. O Führer manteve-se intransigente. Ninguém o arrastaria para fora da liça.
O atentado de 20 de julho e o desencanto
Uma
das razões, mais remotas, da aparência cinzenta e desencantada de Hitler,
resultou do choque que ele teve, nove meses antes, do atentado cometido contra
a sua vida. Naquela ocasião, no dia 20 de julho de 1944, um grupo de
conspiradores, quase todos altos membros da hierarquia militar e integrantes da
nobreza alemã, conseguiram fazer com que o coronel do estado maior Claus Schenk
von Stauffenberg, colocasse uma bomba no quartel-general do Alto Comando. O
artefato explodiu na sala de reuniões onde Hitler estava presente, mas apenas
provocou pequenas escoriações nele.
Refeito
do susto, o ditador ordenou uma caçada em massa contra todos os envolvidos, que
terminaram executados depois de serem sumariamente condenados à morte num
Tribunal Popular. O outro motivo que levou Hitler a desejar suicidar-se, e em
seguida ser incinerado, decorreu da notícia que ele recebeu do destino infausto
do ditador fascista Benito Mussolini. O Duce fora capturado em Dongo, no norte
da Itália, por partisans comunistas, e seu corpo foi exposto, pendurado de
cabeça para baixo num posto de gasolina em Milão, junto ao da sua amante
Claretta Petacci, em 28 de abril de 1945. Hitler temia que seu cadáver fosse
profanado ou levado como troféu de guerra para a URSS.
O casamento e uma traição
Hitler e Eva Braun
O casamento e uma traição
Hitler e Eva Braun
Poucos
dias depois de ter tomado a decisão definitiva, resolveu formalizar sua união
com Eva Braun, encomendando um casamento de emergência dentro do abrigo. O
casal decidira por fim à vida juntos. Hitler tinha-se mantido solteiro, até
então, em nome da mística que sua solitária figura messiânica exercia sobre o
povo alemão. O salvador não poderia ser um homem comum, com esposa e filhos,
envolvido pela contabilidade doméstica, e na rotina matrimonial burguesa.
Teve ainda um espumante ataque de fúria quando soube (ele, mesmo nos estertores, ainda era informado de tudo), que Heinrich Himmler, o Reichsführer SS, havia, às suas costas, à socapa, contatado com o legatário sueco, o conde Bernadotte, para negociar uma paz em separado com os exércitos ocidentais, que avançavam Alemanha a dentro vindos do Rio Reno. Numa das suas derradeiras ordens, determinou a expulsão sumaria dele do Partido Nazista, exonerando-o de todos os cargos de chefia. Mas aquela altura de nada adiantava.
O momento final
No dia 29 de abril, deu-se a reunião final. O General Weidling, governador militar de Berlim, e comandante da LVI Panzer Corps, ainda aventou a possibilidade de uma escapada pelas linhas soviéticas, mas Hitler o dissuadiu. Não tinham nem tropas, nem equipamento, nem munições, para qualquer tipo de operação. Era ficar e morrer!
O Führer então despediu-se formalmente das pessoas mais próximas que ainda o seguiam até aquele momento. Pressentindo o suicídio, os que estavam no bunker reagiram de uma maneira inesperada. Muitos, após colocarem discos na vitrola, puseram-se a dançar e alegremente, confraternizaram com os demais, como se um esmagador peso, repentinamente, tivesse sido removido de cima deles. O fascínio de feiticeiro que Hitler exercera sobre eles cessara como que por encanto.
Depois do almoço, no dia 30 de abril, trancou-se com Eva Braun nos seus aposentos. Ouviu-se apenas um tiro. Quando lá penetraram encontraram-no com a cabeça estraçalhada à bala e com a pistola caída no colo. Em frente a ele, em languidez de morta, estava Eva Braun, sem nenhum ferimento visível. Ela ingerira cianureto, um poderosíssimo veneno. Eram 15:30 horas! Rapidamente os dois corpos, envolvidos num encerado, foram removidos para o pátio e, com o auxilio de 180 litros de gasolina que os embeberam, formaram, incendiados, uma vigorosa pira. Ao redor deles, uma silenciosa saudação fascista prestou-lhes a homenagem derradeira.
Berlim, o mausoléu de Hitler
Lá
fora, a capital do IIIº Reich também ardia num colossal braseiro. Monumentos,
prédios públicos, palácios, edifícios, casas, praças e avenidas, pareciam um
entulho só. Os sobreviventes, apavorados com o terrível rugido dos canhões e
das bombas, que lhes soavam como se fosse o acorde final do
"Gotterdammerung", o wagneriano "Crepúsculo dos Deuses",
acreditavam que a hora do apocalipse chegara. Berlim, com 250 mil prédios destruídos,
virara um cemitério lunar.
A
grande cidade, transformada em ruínas, assemelhava-se a um fantástico mausoléu
erguido pela barragem de fogo aliada para sepultar uma das monstruosidades do
século. Hitler suicidara-se aos 56 anos, e o seu regime, que segundo seus
propagandistas mais pretensiosos deveria ser o Reich de Mil Anos, naufragou com
ele doze anos depois dele ter assumido a Chancelaria da república alemã, em
janeiro de 1933.
O médium do Anticristo
Um jovem de cerca de 20 anos vagava pelo
Museu Hofburg, em Viena, como de costume. estava deprimido como nunca. O dia
fora muito frio, pois o vento trouxera o primeiro anúncio do outono que se
aproximava.
Ele temia novo ataque
de bronquite que se aproximava. Ele temia novo ataque no seu miserável quartinho
numa pensão barata. Estava pálido, magro e de aparência doentia. Sem dúvida
alguma, era um fracasso.
Fora recusado pela
Escola de Belas – Artes e pela Arquitetura. As perspectivas eram as piores
possíveis. Caminhando pelo museu, entrou na sala que guardava as jóias da coroa
dos Hapsburg, gente de uma raça que não considerava de boa linhagem germânica.
Mergulhado em
pensamentos pessimistas, nem sequer notou que um grupo de turistas, orientado
por um guia, passou por ele e parou diante de um pequeno objeto ali em
exibição. -"Aqueles estrangeiros – escreveria o jovem mais tarde – pararam
quase em frente ao lugar onde eu me encontrava, enquanto seu guia apontava para
uma antiga ponta de lança.
A princípio, nem me
dei ao trabalho de ouvir o que dizia o perito; limitava-se a encarar a presença
daquela gente como intromissão na intimidade de meus desesperados pensamentos.
E, então, ouvi as palavras que mudariam o rumo da minha vida: "Há uma
lenda ligada a esta lança que diz que quem a possuir e decifrar os seus
segredos terá o destino do mundo em suas mãos, para o bem ou para o mal."
Como se tivesse recebido um choque de alertamento, ele agora bebia as palavras
do erudito guia do museu, que posseguia explicando que aquela fora a lança que
o centurião romano introduzira ao lado do tórax de Jesus (João 19:34) para ver
se o crucificado já estava "morto". Tinha uma longa e fascinante
história aquele rústico pedaço de ferro.
O jovem mergulharia
nela a fundo nos próximos anos. Chamava-se ele Adolf Hitler. Voltou muitas
vezes mais ao Museu Hofburg e pesquisou todos os livros e documentos que
conseguiu encontrar sobre o assunto. Envolveu-se em mistérios profundos e
aterradores, teve revelações que o atordoaram, incendiaram sua imaginação e
desataram seus sonhos mais fantásticos. Sabemos hoje, em face da prática e da
literatura espírita, que os Espíritos, encarnados e desencarnados, vivem em
grupos, dedicados a causas nobres ou sórdidas, segundo seus interesses
pessoais.
A inteligência e o
conhecimento, como todas as aptidões humanas, são neutros em si mesmos, ou
seja, tanto podem ser utilizados na prática do bem como na disseminação do mal.
Dessa maneira, tanto os bons espíritos, como aqueles que ainda se demoram pelas
trevas, elaboram objetivos de longo alcance visando aos interesses finais do
bem ou do mal. Em tais condições, encarnados e desencarnados se revezam, neste
plano e no outro, e se apoiam mutuamente, mantendo constantes entendimentos
especialmente pela calada da noite, quando uma parte considerável da humanidade
encarnada, desprendida pelo sono, procura seus companheiros espirituais para
debater planos, traçar estratégias, realizar tarefas, ajustar situações.
Há, pois, toda uma logística de apoio aos Espíritos
que se reencarnam com tarefas específicas, segundo os planos
traçados.Estudando, hoje, a história secreta do nazismo, não nos resta dúvida
de que Adolf Hitler e vários dos seus principais companheiros desempenharam
importante papel na estratégia geral de implantação do reino das trevas na
Terra, num trabalho gigantesco que, obviamente, tem a marca inconfundível do
Anticristo. Para isso, eclodem fenômeno mediúnicos, surgem revelações,
encontram-se as pessoas que deveriam encontrar-se, acontecem "acasos"
e "coincidências" estranhas, juntam-se, enfim, todos os ingredientes
necessários ao desdobramento do trabalho.August Kubizek descreve uma cena
dramática em que Hitler, com apenas 15 anos de idade, apresenta-se claramente
incorporado ou inspirado por alguma entidade desencarnada.
De pé diante de seu jovem amigo, agarrou-lhe as
mãos emocionado, de olhos esbugalhados e fulminantes, enquanto de sua boca
fluía desordenadamente uma enxurrada de palavras excitadas. Kubizek, artudido,
escreve, em seu livro:Era como se outro ser falasse de seu corpo e o comovia
tanto quanto a mim. Não era, de forma alguma, o caso de uma pessoa que fala
entusiasmada pelo que diz. Ao contrário, eu sentia que ele próprio como que
ouvia atônito e emocionado o que jorrava com uma força primitiva... Como
enxurrada rompendo diques, suas palavras irrompiam dele. Ele invocava, em
grandiosos e inspirados quadros, o seu próprio futuro e o de seu povo.
Falava sobre um Mandato que, um dia, receberia do
povo para liderá-lo da servidão aos píncaros da liberdade- missão especial que
em futuro seria confiada a ele.Ao que parece, foi o primeiro sinal documentado
da missão de Hitler e o primeiro indício veemente de que ele seria o médium de
poderosa equipe espiritual trevosa empenhada em implantar na Terra uma nova
ordem. Garantia-se a Hitler o poder que ambicionava, em troca da fiel
utilização da sua instrumentação mediúnica. O pacto com as trevas fora selado
nas trevas. É engano pensar que essas falanges espirituais ignoravam as leis
divinas.
Conhecem-nas muito bem e sabem da responsabilidade
que arrostam e, talvez, até por isso mesmo, articulam seus planos tenebrosos e
audaciosos, porque, se ganhassem, teriam a impunidade com que sonham
milenarmente para acobertar crimes espantosos. Eles conhecem, como poucos, os
mecanismos da Lei e sabem manipular com perícia aterradora os recursos
espirituais de que dispõem.
Vejamos outro exemplo: o relato da Segunda visita de Hitler à lança, narrada pelo próprio.
Vejamos outro exemplo: o relato da Segunda visita de Hitler à lança, narrada pelo próprio.
Novamente a sensação estranha de perplexidade.
Sente ele que algo poderoso emana daquela peça, mas não consegue identificar o
de que se trata. De pé, diante da lança, ali ficou por longo tempo a
contemplá-la:
Estudava
minuciosamente cada pormenor físico da forma, da cor e da substância, tentando,
porém permanecer aberto à sua mensagem. Pouco a pouco me tornei consciente de
uma poderosa presença em torno dela – a mesma presença assombrosa que
experimentara intimamente naquelas raras ocasiões de minha vida em que senti
que um grande destino esperava por mim.Começava agora a compreender o significado
da lança – escreve Ravenscroft – e a origem de sua lenda, pois sentia,
intuitivamente, que ela era o veículo de uma revelação - "uma ponte entre
o mundo dos sentidos e o mundo do espírito".As palavras entre aspas são
dos próprio Hitler, que prossegue:Uma janela sobre o futuro abriu-se diante de
mim, e através dela vi, num único "flash", um acontecimento futuro
que me permitiu saber, sem sombra de dúvida, que o sangue que corria em minhas
veias seria, um dia, o veículo do espírito de meu povo.Ravenscroft especula
sobre a revelação.
Teria sido, talvez, a
antevisão da cena espetaculosa do próprio Hitler a falar, anos mais tarde, ali
mesmo em frente ao Hofburg, à massa nazista aglomerada, após a trágica invasão
da Áustria, em 1938, quando ele disse em discurso: A Providência me incumbiu da
missão de reunir os povos germânicos... com a missão de devolver minha pátria
ao Reich alemão. Acreditei nessa missão. Vivi por ela e creio que cumpri.Tudo
começara com o impacto da visão da lança no museu.
Já naquele mesmo dia,
em que o guia dos turistas chamou sua atenção para a antiqüíssima peça, ele
experimentou estranhas sensações diante dela. Que fascínio poderia ter sobre
seu Espírito - espetacular ele próprio – aquele símbolo cristão ? Qual a razão
daquele impacto? Quanto mais a contemplava, mais forte e, ao mesmo tempo, mais
fugidia e fantástica se tornava a sua impressão.
Senti como se eu próprio a tivesse detido em minhas
mãos anteriormente, em algum remoto século da História – como se eu a tivesse
possuído, como meu talismã de poder e mantido o destino do mundo em minhas
mãos. No entanto, como poderia isto ser possível? Que espécie de loucura era
aquele tumulto no meu íntimo? Qual é, porém, a
história conhecida da lança?
É o que tentaremos
resumir em seguida.
Hitler dedicou-se daí
em diante ao estudo de tudo quanto pudesse estar relacionado com o seu
fascinante problema. Cedo foi dar em núcleos do saber oculto. Um dos seus
biógrafos, Alan Bullock (Hitler: A Study in Tiranny), sem ter alcançado as
motivações do futuro líder nazista, diz que ele foi um inconseqüente, o que se
poderia provar pelas suas leituras habituais, pois seus assuntos prediletos
eram a história de Roma antiga, as religiões orientais, ioga, ocultismo,
hipnotismo, astrologia...
Parece legítimo
admitir que tenha lido também obras de pesquisa espíritas, porque os autores
não especializados insistem em grupar espiritismo, magia, mediunismo e
adivinhação, e muito mais sob o rótulo comum de ocultismo.
Sim, Hitler estudou
tudo isso profundamente e não se limitou à teoria; passou à prática. Convencido
da sua missão transcendental, quis logo informar-se sobre os instrumentos e
recursos que lhe seriam facultados para levá-lo a cabo. O primeiro impacto da
idéia da reencarnação em seu espírito o deixou algo atônito, como vimos, na sua
primeira crise espiritual diante da lança, no museu de Hofburg; logo, no
entanto, se tornou convicto dessa realidade e tratou a sério de identificar
algumas de suas vidas anteriores. Esses estudos levaram-no ao cuidadoso exame
da famosa legenda do Santo Graal, de que Richard Wagner, um dos seus grandes
ídolos, se serviu para o enredo da ópera Parsifal.
Hitler foi encontrar
nos escritos de um poeta do século XIII, por nome Wolfram von Eschenbach, a
fascinante narrativa da lenda, cheia de conotações místicas e simbolismos
curiosos, que captaram a sua imaginação, porque ali a história e a profecia
estavam como que mal disfarçadas atrás do véu diáfano da fantasia.
Mas, Hitler tinha
pressa, e, para chegar logo ao conhecimento dos mistérios que o seduziam, não
hesitou em experimentar com o peiote, substância alucinógena extraída do
cogumelo mexicano, hoje conhecida como mescalina. Sob a direção de um estranho
indivíduo, por nome Ernst Pretzsche, o jovem Adolf mergulhou em visões
fantásticas que, mais tarde, identificaria como sendo cenas de uma existência
anterior que teria vivido como Landulf de Cápua, que serviu de modelo ao
Klingsor na ópera de Wagner.
Esse Landulf foi um
príncipe medieval (século nono) que Revenscroft declara ter sido "the most
evil figure of the century" – a figura mais infame do século. Sua
influência tornou-se considerável na política de sua época e, segundo
Ravenscroft, "ele foi a figura central em todo o mal que se praticou
então".
O Imperador Luiz II
conferiu-lhe posto que o situava como a terceira pessoa no seu reino, e
concedeu-lhe honrarias e poderes de toda a sorte. Landulf teria passado muitos
anos no Egito, onde estudou magia negra e astrologia. Aliou-se secretamente aos
árabes que, apesar de dominarem a Sicília, respeitaram seu castelo, em Carlata
Belota, na Calábria. Nesse local sinistro, onde se situara no passado um templo
dedicado aos mistérios, Landulf exercia livremente suas práticas horríveis e
perversas que, segundo Ravenscroft, deram-lhe a merecida fama de ser o mais
temido feiticeiro do mundo. Finalmente, o homem que o Imperador Luiz II queria
fazer Arcebispo de Cápua, depois de elevá-la à condição de cidade
metropolitana, foi excomungado em 875, quando sua aliança com o Islam foi
descoberta.
Ravenscroft informa
logo a seguir que, a seu ver, ninguém conseguiu exceder Wagner em inspiração,
quando este coloca, na sua ópera, a figura de Klingsor ( ou seja, Landulf) como
um mago a serviço do Anticristo.
Aliás, muitas são as
referências ao Anticristo no livro do autor inglês, em conexão com a trágica
figura de Adolf Hitler. Ainda veremos isto.
Guiado pela sua
intuição, Wagner tranpôs para o terreno da arte, na sua genial ópera, o
objetivo de Klingsor e seus adeptos, que era "cegar as almas por meio da
perversão sexual e privá-las da visão espiritual, a fim de que não pudessem ser
guiadas pelas hierarquias celestiais". Essa atividade maligna Landulf
desenvolveu em seu tempo e suas horríveis práticas teriam exercido
"devastadora influência nos líderes seculares da Europa cristã",
conforme Ravenscroft. Mas Hitler acreditava-se também uma reencarnação de
Tibério, um dos mais sinistros dos Césares.
É fato sabido hoje que
ele tentou adquirir ao Dr. Axel Munthe, autor de O Livro de San Michele, a ilha
deste nome, que, em tempos idos fora o último reduto de Tibério, que
lá morreu assassinado. O Dr. Munthe se recusou a vender a ilha porque ele
próprio acreditava ter sido Tibério, o que não parece muito congruente com a sua
personalidade. Aliás, as especulações ocultistas (usemos a palavra) dos líderes
nazistas estão cheias de fenômenos psíquicos e de buscas no passado. Goering
dizia, com orgulho, que sempre se encarnou ao lado do Führer.
Ao tempo de Landulf,
ele teria sido o Conde Boese, amigo e confidente do príncipe feiticeiro, e no
século XIII fora Conrad de Marburg, amigo íntimo do bispo Klingsor, de
Wartburg. Goebbels, o ministro da Propaganda nazista, acreditava-se Ter sido
Eckbert de Meran, bispo de Bamberg, no século XIII, que teria apresentado
Klingsor ao rei André da Hungria.
Se essas encarnações
estão certas ou não, não cabe aqui discutir, mas tais especulações evidenciam o
interesse daqueles homens pelos mistérios e segredos das leis divinas, que
precisavam conhecer para melhor desrespeitar e burlar. Por outro lado, contêm
alguma lógica, quando nos lembramos de certos aspectos que a muitos passam
despercebidos. Muitos espíritos reencarnaram-se com o objetivo de
infiltrarem-se nas hostes daqueles que pretendem combater, seja para destruir,
seja para se apossarem da organização, sempre que esta detenha alguma parcela
substancial de poder. Não seria de admirar-se, pois que um grupo de servidores
das trevas, com apoio das trevas, aqui e além, fosse alçado a postos de elevada
influência entre a hierarquia cristã da época, quando a Igreja desfrutava de
incontestável poder.
O papado não esteve
imune – longe disso - e por várias vezes caiu em mãos de mal disfarçados
emissários de Anticristo. Lembremos outro pequeno e quase imperceptível
pormenor. Recorda-se o leitor daquela observação veiculada por um benfeitor
espiritual que relatou haver sido traçada, no mundo das trevas, a estratégia do
sexo desvairado, a fim de desviar os humanos dos caminhos retos da evolução?
Sexo transviado e magia negra são aliados constantes, ingredientes do mesmo
caldo escuro, onde se cultivam as paixões mais torpes. Quantos não se perderam
por ai...
Hitler era austríaco.
Nasceu em 20 de abril de 1889, na encantadora vila de
Braunau-am-Inn, onde também nasceram os famosos médiuns Willy
e Rudi Scheider.
Segundo apurou
Ravenscroft, esse Bispo Klingsor seria o CVonde de Acerra, também
de Cápua, um tipo sinistro, profundamente envolvido em magia
negra e que, como Landulf, séculos antes, reuniu em torno de si um círculo de
adeptos que incluia eminentes personalidades eclesiásticas da época.
Afirma, ainda, o autor que foi nesse grupo que se concebeu o
medonho monstro da Inquisição.
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