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quinta-feira, 14 de março de 2013

A Ordem de Melquisedeque




 Melquisedeque é um personagem bíblico no mínimo misterioso. Rei de Salém e sacerdote do Altíssimo. Não tinha pai nem mãe, não nasceu nem morreu. 

“Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou; A quem também Abraão deu o dízimo de tudo, e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, que é rei de paz; Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.” Hebreus 7:1-3 

Pelas descrições não era um ser humano normal, não foi gerado por uma mulher nem passou pela morte. A Bíblia não dá muitas informações a seu respeito, mas encontramos algo interessante na Epístola aos Hebreus. Diz que Melquisedeque fazia parte de uma ordem: A Ordem Melquisedeque, da qual Jesus também é titular. 

“Onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque.” Hebreus 6:20 

Sabemos que Jesus é o Filho de Deus que se fez homem e viveu entre nós, o nosso pai-criador e soberano do universo. E Melquisedeque, quem teria sido? Qual a sua relação com Jesus? Afinal Melquisedeque havia estado neste planeta entre 1980 a 1886 a.C. Por que Jesus recebeu este título de pertencente à Ordem de Melquisedeque? 

Vejamos o que diz o Livro de Urântia: 

A Criação Divina é composta por 700 mil universos locais, e cada um desses é criado e administrado por um Filho de Deus do Paraíso, um filho criador pertence à Ordem Michael. O Filho Criador do nosso universo local é chamado de Michael de Nebadon, e este deu início à criação do seu universo há 400 bilhões de anos. 

Além do universo em que vivemos, Michael criou também várias classes de seres, entre as quais: os melquisedeques, os vorondadeques, os lanonandeques, os portadores da vida, toda uma infinidade de seres angélicos, e ainda os seres humanos que nascem nos mundos evolucionários. 

Os Filhos Melquisedeques são os instrutores do universo e atuam também em casos emergenciais. Quando surge um problema extraordinário qualquer, um Melquisedeque é enviado em missão. Foi o que aconteceu por volta de 1980 a.C, quando a verdade corria risco de ser extinta do planeta Terra, Maquiventa Melquisedeque apresentou-se como voluntário para vir a este mundo, e resgatar o conceito de um Deus único: O Pai Altíssimo. 

Maquiventa se apresentou como um sacerdote de El Elyon, o Altíssimo, o único Deus, e viveu como um ser humano por 95 anos. Estabeleceu o reinado de Salém, ensinou e treinou discípulos que se espalharam pelo mundo afora que disseminaram estes ensinamentos. Após a partida de Maquiventa, Salém se tornou Jebus, e tempos depois passou a ser conhecida como Jerusalém. 

Mas, qual a relação entre Melquisedeque e Jesus? Porque Jesus fora considerado como pertencendo à ordem de Melquisedeque? 

Para compreender esta relação é preciso voltar ao ponto em que o Filho Criador constrói o seu universo, e que para assumir a soberania, o filho criador deve antes experienciar aquilo que ele próprio criara, em sete níveis de existência diferentes, e somente após haver completado estas sete efusões (o ato de viver a vida da criatura) é que um Filho Criador é considerado o Soberano do Universo. O propósito dessas encarnações é capacitar esses criadores a tornarem-se soberanos cada vez mais sábios, compassivos, justos e compreensivos, e acima de tudo misericordiosos. 

O nosso Filho Criador realizou as sete etapas, sendo a sétima e última a que conhecemos como a vida de Jesus de Nazaré. Todas as sete auto-outorgas são: 

1. Filho Melquisedeque
2. Filho Lanonandeque
3. Filho Material
4. Serafim
5. Peregrino Ascendente
6. Ser Moroncial
7. Carne Mortal 

A primeira auto-outorga de Michael de Nebadon aconteceu há quase um bilhão de anos, quando os diretores e dirigentes do universo de Nebadon ouviram Michael anunciar que estaria ausente por um determinado tempo. Ao terceiro dia após sua partida de Salvington uma comunicação foi registrada, com os termos: 

“Ao meio-dia de hoje apareceu, no campo de recepção deste mundo, um estranho Filho Melquisedeque, cuja numeração não é a nossa, mas que é exatamente como os da nossa ordem. Ele estava acompanhado de um omniafim solitário, que trazia credenciais de Uversa e que apresentou as ordens, dirigidas ao nosso chefe, vindas dos Anciães dos Dias e certificadas por Emanuel de Salvington, instruindo que esse novo Filho Melquisedeque fosse recebido na nossa ordem e designado ao serviço de emergência dos Melquisedeques de Nebadon. E assim foi ordenado; e assim foi feito." O Livro de Urântia, página 1309:1 

“E isso é tudo o que aparece nos registros de Salvington a respeito da primeira auto-outorga de Michael. Nada mais consta, até que, na medida de tempo de Urântia, se passassem cem anos, quando, então, foi registrado o fato do retorno de Michael, que reassumiu, sem anúncios, a direção dos assuntos do universo. Contudo, um estranho registro está para ser feito, no mundo Melquisedeque; uma narração sobre os serviços daquele Filho Melquisedeque único, do corpo de emergência daquela época. Esse registro está conservado em um templo simples, que ocupa agora a parte da frente da casa do Pai Melquisedeque; e que compreende a narrativa do serviço desse Filho Melquisedeque transitório, e sobre o seu desempenho, em vinte e quatro missões de emergência em todo o universo. E esse registro, que eu revi muito recentemente, termina assim: 

“E nesse dia, ao meio-dia, sem anúncio prévio e testemunhado apenas por três seres da nossa fraternidade, esse Filho visitante da nossa ordem desapareceu do nosso mundo, tal como chegara, acompanhado apenas de um omniafim solitário; e esse registro é agora fechado com o certificado de que esse visitante viveu como um Melquisedeque, à semelhança de um Melquisedeque; que trabalhou como um Melquisedeque; e que cumpriu todos os seus compromissos fielmente, como um Filho emergencial da nossa ordem. Por consenso universal, tornou-se dirigente dos Melquisedeques, tendo conquistado o nosso amor e a nossa adoração, pela sua incomparável sabedoria, amor supremo e uma devoção extraordinária ao dever. Ele nos amou, compreendeu-nos e serviu a nós; e, para sempre, seremos seus leais e devotados companheiros Melquisedeques, pois esse estranho no nosso mundo tornou-se agora eternamente um ministro de natureza Melquisedeque.” O Livro de Urântia, página 1310:1-3

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