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quinta-feira, 14 de março de 2013

O Príncipe Deste Mundo





Apesar do medo que os mistérios impõem sobre o homem, a tendência da mente humana é partir ao encontro do desconhecido, mesmo diante do perigo que possa representar. Desde muito cedo as mentes mais corajosas moveram o mundo no intuito de desvendá-los. Ainda nos dias atuais o homem encontra-se impermeado de perguntas sem respostas, apesar do avanço da ciência e da tecnologia. Em pleno Século XXI os mistérios ainda fazem parte do cotidiano das pessoas. 

Com o advento da internet, vivemos a chamada Era da Informação, mas o que encontramos na verdade é um oceano de informações duvidosas. Por exemplo, ao se digitar a palavra “mistérios” no Google surgem mais de 7 milhões de resultados. É uma infinidade de sites, dos mais diversos tipos, que tratam de temas que abrangem desde a História Antiga, como Atlântida, Antigo Egito, civilizações perdidas, tesouros, reinos e cidades secretas, infinidade de mitologias, lendas, etc. e também dos dias atuais, como fenômenos ufológicos, espíritas e outras coisas aparentemente inexplicáveis. 

As informações contidas no Livro de Urântia trazem luz sobre inúmeras dessas questões, consideradas como “mistérios da humanidade”. A lista é grande, mas para esta apresentação foram escolhidos sete temas encontrados na Bíblia, que não tem resposta nela mesma: 

1. O Príncipe deste Mundo
2. Os Nefilins
3. O Casamento de Caim
4. Noé e o Dilúvio
5. A Torre de Babel
6. Enoque e Elias
7. A Ordem Melquisedeque 

O Príncipe Deste Mundo 

No Evangelho Segundo João constam frases de Jesus que mencionam sobre o Príncipe deste mundo. Mas não encontramos dentro da Bíblia algo que possa responder seguramente quem seria este príncipe. A teologia cristã defende que este príncipe é Lúcifer, o que na verdade são apenas conjecturas, pois não há informação bíblica de que Deus ou qualquer outra autoridade celeste tenha dado a ele tal título. Vejam as citações bíblicas : 

“Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.” Joao 12:31 

“Já não falarei muito convosco, porque se aproxima o príncipe deste mundo, e nada tem em mim;” João 14:30 

“E do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado.” João 16:11 

No livro de Atos dos Apóstolos o autor cita que Jesus fora elevado à posição de príncipe:

“Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados.” Atos dos Apóstolos 5:31 

O Livro de Urântia traz detalhes sobre quem era o governante deste mundo até o ano 25 da nossa era, época em que foi destronado por Jesus, que assumiu a posição e até hoje se mantém como o Príncipe Planetário de Urântia. 

Para compreender essa história é preciso voltar no tempo, aos primórdios da humanidade. Diz o livro que quando um planeta se encontra habitado por seres humanos, e tais seres já tenham alcançados a postura ereta, então um governante celestial é enviado para civilizar as raças primitivas. Este governante é chamado de Príncipe Planetário. 

E foi por volta de 500 mil anos atrás que chegou ao nosso mundo Caligástia, o então Príncipe Planetário de Urântia. Havia naquela época em torno de meio milhão de humanos no planeta e estas raças se organizavam em tribos. Com a chegada do príncipe surgiu o primeiro sistema de governo, uma grande cidade foi construída, Dalamátia, a sede do governo mundial, que se estabeleceu por quase 300 mil anos. 

A civilização planetária progrediu normalmente durante este período, até o acontecimento catastrófico da rebelião de Lúcifer. Vale lembrar que Caligástia era o Príncipe Planetário e governava o nosso mundo. Lúcifer era um Soberano Sistêmico, governava todo o nosso sistema que, à época da rebelião, era composto por 607 mundos habitados. Na atualidade é composto por 619 planetas. 

Lúcifer havia governado por milhares de anos e de maneira brilhante, até que a iniqüidade brotou em seu coração e ele abraçou o pecado. Rebelou-se contra seu Criador-pai Michael, negou a existência do Pai Universal e atacou o plano divino de aperfeiçoamento dos seres ascendentes. Lúcifer levou consigo 37 Príncipes Planetários, entre estes Caligástia, o nosso governante, que se aliou às idéias dos rebeldes. Um terço dos anjos também se rebelou. 

Houve guerra nos céus, Gabriel e seus anjos lutaram contra os rebeldes. Essa guerra não foi uma batalha física como conhecemos em nosso mundo, foi muito mais terrível e real. Numa guerra física perde-se a vida material, mas a guerra nos céus foi travada pondo em risco a vida eterna. 

O Sistema de Satânia, bem como todos os planetas nos quais os príncipes haviam rebelados, foram colocados em quarentena, um isolamento parcial, como uma reação de defesa espiritual para os outros mundos e sistemas. E assim nos encontramos até os dias de hoje. 

Os rebeldes que estavam neste planeta, ficaram completamente isolados do resto do universo, privados de transporte e de comunicação. Esta situação se manteve por um longo período, até que veio ao nosso mundo o Filho Criador do Universo Local, Michael de Nebadon, “o verbo que se fez carne e habitou entre nós”, o Filho do Homem: Jesus de Nazaré. 

E naquele memorável dia, no alto do monte Hermom, Jesus esteve com esses rebeldes, ofereceu-lhes mais uma vez a misericórdia divina, porém, eles recusaram. Lúcifer, Satã e Caligástia ainda tentaram corromper Jesus com suas loucuras de rebeldia. Em todas as suas propostas nefastas Jesus apenas respondia: “Que prevaleça a vontade do meu Pai no Paraíso.” Pág. 1493:5 

“Caligástia foi reconhecido, pelo Filho do Homem, como sendo tecnicamente o Príncipe de Urântia, até perto da época da morte de Jesus. Disse Jesus: ‘Agora é o juízo deste mundo; agora o príncipe deste mundo será deposto’. E então, ainda mais perto de completar o trabalho da sua vida, ele anunciou: “O Príncipe deste mundo está julgado”. E é este mesmo Príncipe destronado e desacreditado que certa vez foi chamado de ‘Deus de Urântia’.” pág. 610:1 

“Antes do seu batismo, Jesus tinha suportado a grande tentação da sua outorga mortal, quando ele foi molhado pelo orvalho do monte Hermom, por seis semanas. Lá, no monte Hermom, como um mortal deste reino, sem ajuda, ele tinha encontrado e derrotado Caligástia, o enganador de Urântia, o príncipe deste mundo. Nesse dia memorável, segundo os registros do universo, Jesus de Nazaré tinha tornado-se o Príncipe Planetário de Urântia.” Pág. 1512: 4

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