O Pentagrama é uma estrela com cinco pontas e cinco linhas. (Seu nome explica também "Penta = Cinco" e "Grama", que não tem nada a ver com jardim, significa na verdade "Linhas").
O Pentagrama representa cinco elementos da Alquimia → Espírito, Água, Fogo, Terra e Ar. Os elementos associados ao Pentagrama estão relacionados à suas manifestações.
- Espírito → a Individualidade, o Eu Superior que assimila todas as experiências do indivíduo iniciado e sem sempre “se iniciando”;
- Água → anima, emoções, sentimentos, instintos;
- Fogo → animus, amor e ódio impetuosos, impulso sexual;
- Terra → corpo físico, força, resistência, veículo que
carrega e suporta todas as consequências da inteligência (e também da
inépcia que pode levar ao aprendizado pela dor indesejável), do amor, do
ódio, das emoções caudalosas e dos sentimentos mais profundos;
- Ar → inteligência, mente expandida, intelecto.
O Pentagrama também é bastante conhecido por ser o símbolo de uma famosa figura antiga. Quem aí lembra do Rei Salomão? Sua mitologia mostra-o como um fenício politeísta que cultuava Vênus (Ou Afrodite, como preferirem) entre alguns outros deuses e deusas.
Desde a antiguidade, o planeta Vênus tem sido observado e seus movimentos são estudados. O trajeto que faz em sua órbita para formas conjuções com a Terra e o Sol descreve um Pentagrama a partir do ponto inicial da primeira conjunção com a Terra; cada ponto de conjunção, é uma ponta do Pentagrama. E a cada oito anos é formado um pentagrama invertido se forma no espaço sideral, com a conjunções entre Vênus, Terra e Sol, demonstrando a relação "secsual" metafísica em nível astronômico.
As conjunções de Vênus
Do ponto de vista prático, algumas observações importantes sobre os
pentagramas parecem ser necessárias, já que existe uma grande confusão
sobre sua utilização e significado. Mas este texto será breve, pois há
outros que abordam diferentes aspectos de tal questão pentagramática.
Antes, porém, será esclarecida brevemente a diferença entre pentáculo
e pantáculo, já que confundir os dois é tão comum e corrente que até
mesmo esse erro aparece em livros, etc., sem que ninguém note. “Penta”
nos remete ao número cinco; “pan”, à ideia do todo e do completo (“pan” e
“pantos”). Assim, pentáculo se refere apenas a um pentagrama inserido
em um círculo (pois, para fins operativos, há uma diferença importante
entre o pentagrama rodeado por um círculo e o pentagrama sem o círculo).
Pantáculo é qualquer objeto de natureza talismânica, geralmente
circular, no qual podem estar quaisquer símbolos, sigilos, selos,
assinaturas, letras, números e diversas outras inscrições de modo
contextualizado e pertinentes a determinados trabalhos, rituais,
filosofias mágico-ocultistas, etc. Um pentáculo pode estar inserido em
um pantáculo e pode ser um pantáculo, mas um pantáculo jamais significa
pentáculo nem pentagrama.
É preciso compreender que não existe um pentagrama “do bem” e um
pentagrama “do mal”, etc. e tal. Tanto o pentagrama invertido como o
outro são dispostos e usados segundo a perspectiva do operador. Se, por
exemplo, desenhado e colocado na soleira da porta com uma ponta voltada
para fora, o pentagrama parecerá invertido aos olhos de quem está
chegando, de quem está do lado de fora do aposento, e parecerá “de pé”
para quem está do lado de dentro. Em um caso tal, onde estará então o
pentagrama “do mal” e o pentagrama “do bem”? Percebe-se que esses
conceitos dicotômicos e maniqueístas de fato são ridículos. Quando
traçado um caminho “oculto” da esfera/sephira de Binah (Compreensão) a
Chesed (Misericórdia) e da esfera de Chokmah (Sabedoria) a Geburah
(Severidade) na Árvore cabalística, poder-se-á notar que o desenho forma
um pentagrama invertido (e isso na Árvore da Vida “convencional”); na
Árvore do Conhecimento, ou da Morte, quer dizer, das Qliphoth, o mesmo
também ocorre.
Ambos os pentagramas podem ser utilizados para qualquer propósito
predeterminado. Só depende da Corrente com a qual esteja trabalhando, ou
seja, Nox ou Lux, e não “do bem” e “do mal”, pois a ideia estereotipada
de que as trevas são o mal e a luz é o bem absoluto é completamente
equivocada, estúpida e ilusória. Por exemplo, os dois pentagramas (o
invertido e o “normal”) podem ser usados para se trabalhar com as quatro
principais forças da Corrente Draconiana, a saber: Lúcifer, Vênus,
Samael e Lilith.
E essas forças arquetípicas não são maléficas, malignas, malévolas,
malevolentes, malfazejas, malfeitoras, malditas, do mal, ou qualquer
asneira semelhante, mas sim elas são mal-entendidas, intencionalmente ou
não, por mentes maledicentes e maldosas. Essas são forças arquetípicas
inerentes à vida e à evolução, são forças da inteligência, da razão, das
emoções, do amor, do ódio, das paixões, dos instintos e dos prazeres
sensoriais, materiais e psicomentais, tudo o que é necessário à vida, ao
aprendizado e à evolução, especialmente a evolução deliberada e por
livre vontade. O mal, como as pessoas o categorizam, só existe na mente
humana maligna, malévola, malevolente, malfazeja, etc., e nada mais.
Usar no pescoço ou no anel um pentagrama invertido ou “de pé” não tem
qualquer conotação moral ou dogmática com relação ao que é “do mal” ou
“do bem”. Alguns dizem que o pentagrama convencional protege contra
magia negra. Isso parece um tanto incoerente, já que a magia não tem
cor, não existe magia negra nem magia branca. Tanto o pentagrama
convencional como o pentagrama invertido podem banir e resguardar o
operador de forças intrusas, perturbadoras e inconvenientes ao trabalho
que será empreendido, mas não necessariamente contra “forças do mal”,
como a maioria das pessoas imagina. O próprio indivíduo tem em si
elementos indesejáveis, ruins e nocivos aos outros e a ele mesmo, só que
ninguém quer admitir isso.
Um exemplo da “isenção moral” do pentagrama está no sigilo ou selo de
Astaroth, um espírito da Goécia, supostamente um “demônio”, mas que de
fato era uma das deusas mesopotâmicas. Seu sigilo é formado por, entre
outros símbolos, um pentagrama “convencional” e não por um pentagrama
invertido. Já o pentagrama invertido é também a estrela de Set (Shiva,
Samael, etc.), o deus arquetípico egípcio primordial representado pela
estrela Sírius, o que indica sua relação metafísica com os mais altos
níveis de manifestação “caósmica” e de consciência, muito além da vida
comum e corrente.
Por outro lado, em nível mais próximo da realidade prosaica do ser
hamano, o pentagrama invertido pode ser usado também em trabalhos que
visam a objetivos materiais (afinal, estamos todos encarnados na
matéria, e nem só de espírito é possível se viver neste mundo).
O pentagrama invertido traçado no ar significa que forças venusianas
estão sendo invocadas para a Terra, que influências astrais e siderais
de Vênus estão sendo “puxadas” para o nosso plano físico, para o magista
e para o templo, para atuarem em seus rituais, especialmente de magia
sexual, um elemento importante da filosofia oculta afrodisiana (ou
venusiana). O pentagrama invertido pode ser traçado na direção dos
quatro quadrantes e os nomes são vibrados devidamente e não simplesmente
falados de qualquer jeito (cada nome tem sua vibração e pronúncia
corretas, de acordo com o quadrante do Elemento), com concentração
mental e comoção emocional, sentindo a vibração em si. O pentagrama
invertido tem seu traçado de acordo com os quatro Elementos também.
Quando se faz o pentagrama invertido traçando-o pelo Elemento Terra, o
indivíduo estará também invocando a força da Terra (e tudo o que ela
representa) e daqueles poderes arquetípicos para o seu real Ser
encarnado na Terra, fazendo-os se manifestarem em si mesmo e na obra que
se realizará, e não simplesmente banindo. Nos trabalhos de magia sexual
o pentagrama invertido é particularmente usado para invocar a Serpente
do Sexo e o Dragão de Sabedoria, além dos objetivos materiais (e o sexo,
a princípio, não é realizado material e sensoriamente no plano
físico?).
Como mencionado, o pentagrama invertido está associado à deusa Vênus
(e ao planeta), à fertilidade, ao amor e ao sexo, além de representar de
forma bastante estilizada os órgãos sexuais femininos.
No contexto da Filosofia Oculta e da Magia, a estrela luciférica é
também um símbolo da Sabedoria e do Amor, pois Sophia é Vênus, a deusa
do Amor e esposa/irmã do filósofo Portador da Luz, Lúcifer – Fósforo e
Héspero. Aliás, consta que, entre os gregos, foi o sábio Pitágoras quem
primeiro observou que Fósforo e Héspero eram o mesmo planeta, pois se
acreditava que fossem planetas distintos, um surgindo pela manhã e o
outro, à tarde.
A sabedoria sempre foi o ideal dos filósofos, e, novamente entre os
gregos, foi Pitágoras quem cunhou o termo “filósofo”, referindo-se a si
mesmo como um “amante da sabedoria”, ou de Vênus, em toda sua
significância, incluindo, principalmente, a prática de magia sexual com a
esposa-sacerdotisa que encarna Sophia-Vênus no ritual. Além disso, sua
Escola Pitagórica, iniciática e semissecreta, tinha como símbolo o
pentagrama, considerado como a representação da perfeição, do microcosmo
(ser humano), da harmonia entre as forças opostas (homem e mulher, luz e
trevas, positivo e negativo) e da natureza. Todos esses significados do
pentagrama se justificam, pois ele próprio apresenta em suas medidas a
razão áurea que está presente em tudo (Pan)…
Fonte: Interneta véia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário