Há relatos que no século XIV, em um canto isolado do México, havia uma viuva que morava sozinha em uma casa já velha. A cidade não era muito movimentada, e a velha senhora não era muito vista andando pela rua de dia. A única hora em que podía-se ve-la era a noite, e geralmente ela ia na direção de um cemitério que havia por ali.
Todas as noites, à meia-noite, a senhora seguia esse mesmo ritual. Os moradores começaram a ficar curiosos, todos queriam saber o que a tal velhinha ia fazer no cemitério. Alguns, que tentavam encontrar explicações lógicas, diziam que o marido da velha senhora havia sido enterrado naquele cemitério... Outros, com explicações mais sobrenaturais diziam que a velha fazia rituais de bruxaria no local.
Com isso, movidos pela imaginação, muitas crianças iam a casa da senhora a noite procurando evidências da tal bruxa. Mas a senhora expulsava-as antes que pudessem ver algo. Até que, um dia, um grupo de amigos com idades entre 10 e 13 anos vai até a casa da senhora, também tentando encontrar provas de que ela era realmente uma bruxa, porém algo estranho aconteceu naquela noite.
As crianças se aproximaram da janela e observaram que não havia ninguém dentro da casa, pois estava tudo as escuras. Logo eles cederam a tentação de entrar na casa. Maria, uma das meninas do grupo, disse que estava com muito medo e com um mau pressentimento, e todos os seus amigos concordaram, mas continuaram seguindo em frente. A vontade de ter uma história para contar as outras crianças da escola era muito maior que o medo que estavam sentindo.
Ao entrarem na casa, ouviram uma voz vinda no porão, a voz parecia ser da senhora, mas nenhuma das crianças pôde entender o que ela estava dizendo. Eles resolvem se aproximar do porão, mas apenas para tentar entender o que ela dizia, mas notaram que não era algo que eles já houvessem ouvido antes. Não era nenhuma língua conhecida.
Eles se aproximam para ver o que estava acontecendo, todos trêmulos, e logo veem que a senhora está dentro de um circulo no chão, desenhado de vermelho e com escrições estranhas no circulo. Havia também algumas velas vermelhas nas extremidades do circulo.
Juan, o menino que estava atrás de todo o grupo ficou com tamanho medo que acabou indo para trás em uma tentativa de sair correndo, mas acabou pisando em uma madeira solta do piso, fazendo assim muito barulho, o que chamou a atenção da senhora. Assim que ela os notou, todos sairam correndo, mas a mulher se mostrou muito mais "viva" do que nunca.
A senhora logo pega um pedaço de madeira que havia próximo a porta do porão e consegue acertar Juan, que estava paralisado de medo. A pancada acertou em cheio sua cabeça, fazendo com que o garoto caísse desacordado. A mulher logo correu atrás das outras três crianças, conseguindo encurrala-las em um dos comodos de sua própria casa.
Maria, que estava com medo, olhou em volta enquanto a mulher se aproximava em posição de ataque as crianças, e avistou uma janela de vidro entreaberta, a garota correu até ela, e a mulher tentou impedí-la, mas Maria foi seguida por seus amigos que acabaram sendo pegos pela velha senhora. O que foi bom para Maria, pois assim eles serviram de distração e a menina pode sair da casa com vida, correndo assim para contar a seus pais o que havia acontecido.
Os pais, incrédulos, foram para a casa dos amigos da garota e logo confirmaram que nenhum deles se encontrava em casa, logo todos foram a casa da senhora, mas não encontraram nenhum corpo lá.
Todos acusaram a velha de bruxaria e ela foi levada a fogueira e queimada como tal, mas antes que pudesse morrer, suas últimas palavras foram:
- Eu odeio curiosos!
Depois disso, ainda há relatos de uma velha senhora que frequenta os cemitérios todas as noites, e a casa que toda noite fica as escuras.
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