Requiem For a Dream Música

quinta-feira, 14 de março de 2013

A Torre de Babel




Conta-se que depois do dilúvio os homens resolveram construir uma torre que tocasse os céus, pelo que tudo indica para se protegerem de outra grande enchente. Entretanto, Deus teria interferido nesta empreitada, confundindo-os com línguas diferentes. É esta a versão bíblica que explica o surgimento dos vários idiomas do mundo. 

“E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra. Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam; E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.” Gênesis 11:3a9 

Mas não é somente a Bíblia que narra este evento, há uma história na Mitologia suméria chamada Enmerkar e o Senhor de Aratta, na qual os dois deuses rivais, Enki e Enlil, acabam por confundir as línguas de toda a humanidade como efeito colateral da sua discussão. 

O Alcorão também tem uma história semelhante, embora relate que a torre teria sido construída no Egito, (Sura 28:38 e 40:36-37) o Faraó pede a Haman para lhe construir uma torre de barro, chamada de Babil, para que ele possa subir até ao céu e confrontar o Deus de Moisés. 

No livro “História dos Profetas e Reis” pelo historiador Muçulmano Tabari do século XIX há também uma versão: Nimrod faz a torre ser construída em Babil, Alá destrói-a, e a língua da humanidade, previamente o Siríaco, é então confundida em 72 linguagens. 

Histórias semelhantes são encontradas em várias outras literaturas, inclusive na América Central. Uma delas diz que Xelhua, um dos sete gigantes salvos do dilúvio, construiu a Grande Pirâmide de Cholula para desafiar o Céu. Os deuses destruíram-no com fogo e confundiram a linguagem dos construtores . 

Todas essas histórias são derivações de um acontecimento pré-adâmico, há aproximadamente 150 mil anos, depois que a cidade planetária havia submergido e os descendentes dos assessores do Príncipe se tornaram numerosos, “ocorreu aos seus líderes que algo deveria ser feito para preservar a sua unidade racial. Conseqüentemente, um conselho das tribos foi convocado e, depois de muito deliberar, adotou-se o plano de Bablot, um descendente de Nod.” 

“Bablot propôs edificar um templo pretensioso de glorificação racial no centro do território então ocupado por eles. Esse templo devia ter uma torre nunca vista em todo o mundo. Devia ser um memorial monumental da sua grandiosidade momentânea. Havia muitos que queriam esse monumento erigido em Dilmum, mas outros argumentavam que uma estrutura tão grande deveria ser colocada a uma distância segura dos perigos do mar, lembrando-se das tradições da submersão da sua primeira capital, Dalamátia. 

“Bablot planejou os novos edifícios como sendo o núcleo do futuro centro da cultura e da civilização noditas. O seu conselho finalmente prevaleceu e a construção teve início de acordo com os seus planos. A nova cidade chamar-se-ia Bablot, em honra ao arquiteto e construtor da torre. Esse local posteriormente ficaria conhecido como Bablod e finalmente como Babel. 

“Mas, de algum modo, os noditas estavam ainda divididos quanto aos sentimentos em relação aos planos e propósitos desse empreendimento. Nem os seus líderes estavam todos de acordo a respeito dos planos de construção, nem sobre a finalidade das edificações depois que estivessem prontas. Após quatro anos e meio de trabalho, adveio uma grande disputa a respeito do objetivo e do motivo pelos quais se construía a torre. As contendas tornaram-se tão amargas que todo o trabalho parou. Os carregadores de comida espalharam as novas sobre as discussões e um grande número de tribos começou a amontoar-se no local da construção. Três pontos de vista diferentes foram propostos sobre o propósito da construção da torre: 

“1. O grupo maior, de quase a metade, desejava ver a torre construída como um memorial da história nodita e da sua superioridade racial. Eles achavam que devia ser uma estrutura grande e imponente, que devia suscitar a admiração de todas as gerações futuras. 

“2. A segunda maior facção queria que a torre fosse destinada a comemorar a cultura Dilmum. Eles previam que Bablot viesse a ser um grande centro de comércio, de arte e de manufatura. 

“3. O contingente menor e minoritário sustentava que a edificação da torre representava uma oportunidade de redimir o desatino dos seus progenitores, por haverem participado da rebelião de Caligástia. Eles sustentavam que a torre deveria ser dedicada à adoração do Pai de todos, e que todo o propósito da nova cidade deveria ser o de substituir a Dalamátia – de funcionar como o centro cultural e religioso para os povos bárbaros vizinhos. 

“O grupo religioso foi logo derrotado na votação. A maioria rejeitou a doutrina de que os seus antepassados haviam sido culpados de rebeldia; esse estigma racial ofendia-os. Havendo eliminado um dos três ângulos da disputa e não havendo conseguido decidir-se entre os outros dois, por debate, eles entraram em luta. Os religiosos, não combatentes, fugiram para as suas casas no sul, ao passo que os seus companheiros lutaram até quase se aniquilar. 

“Há cerca de doze mil anos, foi feita uma segunda tentativa de erigir a torre de Babel. As raças miscigenadas dos anditas (os noditas e os adamitas) propuseram-se levantar um novo templo sobre as ruínas da primeira estrutura, mas não houve respaldo suficiente para o empreendimento; ele veio abaixo com o peso da própria pretensão. Durante muito tempo, essa região ficou conhecida como a terra de Babel.” O Livro de Urântia, página 858-859

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